Vivências

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Relatos de viajantes e peregrinos 

 

O encontro com o sagrado pode se fazer por diversos portais: o da alegria, o da dor, o da aventura, o da descoberta de um novo sentido para a vida, o do momento presente, o do sentimento de unidade de todas as coisas… Há vários pontos de entrada para acordar a sabedoria eterna do coração, e as tradições espirituais muitas vezes se referem a eles como “portões do despertar”. “Cada um desses portões é uma entrada para nós mesmos, uma entrada para a verdade”, escreveu o monge budista Jack Kornfield, que discorreu sobre esses portais no livro Depois do êxtase, lave a roupa suja.

Aqui você poderá contar uma experiência que o marcou profundamente em suas viagens. Pode ser uma vivência espiritual, um encontro significativo com alguém, uma sensação sublime diante da natureza. Esse espaço está aberto para você.

 

“No meio de uma viagem para Paris, tive uma discussão com a pessoa com quem estava dividindo todas minhas despesas por lá. Era uma situação bem difícil, pois tínhamos de continuar juntas no apartamento até o termino de nossa estadia, o que significava ainda mais três longas semanas. Eu sabia que teria de me acalmar por causa disso, mas não sabia muito bem o que fazer. No dia seguinte, para me distrair um pouco, decidi ir até a igreja de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, ou Nossa Senhora das Graças, como ela é mais conhecida entre nós, para comprar algumas medalhinhas que minha madrinha tinha encomendado. Eu nem pensava em entrar na igreja, só na lojinha, pois eu não mais tinha mais vínculo com nenhuma religião. Quando entrei pelo corredor lateral do convento que vai dar na capela onde a Virgem Maria apareceu, porém, eu senti uma força irresistível a me chamar. Era como se eu fosse puxada para lá. Resolvi entrar na igreja, timidamente. E foi um choque. O ambiente era leve, e cheio de luz. Havia um coro cantando no altar de abóbada azul-clara e dourado, como anjos. A energia era tão amorosa que parecia que tinha entrado no céu. Consegui dar dois passos e escorreguei meu corpo num dos últimos bancos. Me ajoelhei e chorei muito, muito, como se Nossa Senhora me segurasse em seu colo. As lágrimas não eram mais por causa da discussão, mas pelas minhas dores do passado. O impressionante é que senti que elas estavam sendo lavadas, purificadas, era como se o negror estivesse sendo tirado do meu coração. Assisti a uma missa atrás da outra, pois as celebrações são contínuas. Acho que sai de lá umas três horas depois. Parecia que todo peso da minha vida tinha sido deixado por lá. Voltei em outros dias para rezar o terço, me benzer com água benta, que lá é abundante, e cada vez me sentia melhor. As três semanas passaram rápido. E eu nunca mais deixei de orar para a minha Nossa Senhora das Graças”.

Angelina Gouveia Pimentel, diretora administrativa, Belo Horizonte

 

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